BIOSSEGURANÇA EM INTITUIÇÕES DE INFORMAÇÃO

Publicado el: 13/10/2013 / Leido: 17351 veces / Comentarios: 0 / Archivos Adjuntos: 0

Compartir:

Arquivo XI Congresso argentino

"A medicina, Arquivos de Saúde, Arquivistas"

3 e 4 de outubro de 2013. Santa Fe-Argentina

 

 

BIOSSEGURANÇA EM INTITUIÇÕES DE INFORMAÇÃO:

Pré-supostos subentendidos e ambiguidades

Leandra Nascimento Fonseca

Universidade Federal do Espírito Santo- UFES

 


 


 


 

BIOSSEGURANÇA EM INTITUIÇÕES DE INFORMAÇÃO:

Pré-supostos subentendidos e ambiguidades


 

 

Resumo: Estudos em biossegurança geralmente estão ligados, a Engenharia Agrícola e a estudos de vibialidade fúngica em sementes; ou são desenvolvidos por profissionais ligados a área médica, onde profissionais desenvolvem pesquisas de viabilidade fúngica e bacteriana em prol da saúde dos seres humanos. As doenças causadas por fungos não são vistas de forma grave no cotidiano das organizações, mas em alguns casos a taxa de mortalidade pode ser alta. Nosso interesse neste assunto advém do fato destas doenças, se manifestarem de forma preponderante, em grupos específicos. Na literatura específica relacionada as Ciências Documetais ou Ciências da Informação raramente temos contato com o tema relacionado a saúde dos ambientes de arquivo, bilioteca ou do ambiente museológico, estudos se tornam mais raros ainda no que tange ao efeito destes ambientes, sobre a saúde do profissional da informação, se estes ambientes não estão salutares. Nossa pesquisa propõe a identificação dos tipos de fungos e bactérias que se desenvolvem em estratos de celulose (papel) e materias que podem compor tanto o acervo quanto aos prédios que abrigam os acervos. Após identificados estes gêneros, pontuaremos as doenças que podem acometer os profissionais que estejam diretamente em contato com estas culturas de fungos e bactérias.

Palavras Chave: Biossegurança; Ciências da Informação; Fungos; Bactérias

 

Bioseguridad en la Intitutions información:

Pre-supuestos insinuaciones y ambigüedades

Resumen: Los estudios sobre seguridad de la biotecnología por lo general están unidos, a la ingeniería agrícola y estudios vibialidade de hongos em semillas, o son desarrollados por profesionales del campo de la medicina, donde los profesionales desarrollan estudios de viabilidad de hongos y bacterias para la salud de los seres humanos. Enfermedades causadas por hongos no se ven en una forma grave en las organizaciones de todos los días, pero en algunos casos la tasa de mortalidad puede ser alta. Nuestro interés en este tema se deriva del hecho de que estas enfermedades se manifiestan mayoritariamente en grupos específicos. En la literatura específica sobre Ciencia Documetais o Ciencias de la Información rara vez tienen contacto con el tema relacionado con los entornos biblioteca de plantillas de archivo de la salud o el medio ambiente del museo, los estudios son aún más raras sobre el efecto de estos ambientes en profesional de la salud de la información, si estos medios no son saludables. Nuestra investigación tiene como objetivo identificar los tipos de hongos y bacterias que prosperan en los estratos de celulosa (papel) y los materiales que pueden hacer tanto el acervo en materia de los edificios que albergan las colecciones. Después de la identificación de estos géneros, pontuaremos enfermedades que pueden afectar a los profesionales que están directamente en contacto con estos cultivos de hongos y bacterias.

Palabras clave: Seguridad de la Biotecnología Ciencias de la Información, hongos, bacterias

 

 

 

 

 

 

 

Introdução

Os fungos e bactérias são micro-organismos que estão presentes nos mais vairados ambientes e convivem com os seres humanos a milhares de anos e apesar de já no século XVII o microscópio ter desvelado um vasto universo invisível ao olho humano, de certo Jules Michelet1, ao afirmar em 1833, em sua famosa citação:

(...)Quando penetrei pela primeira vez nessas catacumbas manuscritas, nessa necrópole de monumentos nacionais, teria dito de bom grado: ‘eis a morada que escolhi e o meu descanso eterno’. Não tardei, porém, a perceber no silêncio aparente dessas galerias, que havia um movimento, um murmúrio, algo que não pertencia a morte(...)

Não havia pensando no fantástico mundo habitado por criaturas minúsculas que coexistiam em meio aos papéis, nem os danos que estas criaturas praticamente invisíveis, as bactérias e os fungos que poderiam causar tanto à saúde dos que manuseavam os registros da História e os seus efeitos diretos sobre os suportes de tais registros.

Nem que esta ameaça invisível estava presente nas superfícies e se locomovia através do ar, penetrando em organismos vivos, causando doenças e malefícios a saúde dos que por ventura tivessem contato com estes pequenos inimigos dentro de edificações que abrigam arquivos, bibliotécas e museus, afetando o sistema respiratório, pele e outros orgãos de forma quase silênciosa dos profissionais da informação, somente se fazendo notar no aumento do número de afastamentos dos profissionais, que com a saúde debilitada têm a sua vida profissional e sua expectativa de vida diminuída.

Os estudos sobre a saúde do trabalhador são profícuos nas dicilpinas de administração e de medicina laboral, porém exiguos no que tangem aos estudos desenvolvidos por profissionais da informação, arquivistas, bibliotecários e museólogos.

Sendo assim, este trabalho tem o intuíto de apresentar pré-supostos a Ciência da Informação e aos profissionais arquivistas, bibliotecários e museólogos, para que possam alertá-los dos perigos envolvidos nas suas atividades diárias, explicitando questões que pairam nas diciplinas de preservação documental deixando apenas subentendindas ou relegando há um segundo plano a saúde laboral destes profissionais.

Pressupostos podem ser entendiodos como requisitos ou como conhecimentos basilares que podem auxiliar nas resoluções de problemas onde existem poucos estudos ou nenhuma informação.

Desta forma, nesta seção gostaríamos de apresentar conceitos e informações até então, possivelmente, desconhecidas da grande maioria dos profissionais arquivistas que, apesar de desconhecidas, são importantes tanto para a saúde deste profissional tanto para a saúde dos edificios de arquivos e seus acervos.

Nesta seção apresentamos os conceitos de Indoor Air Quality ou QAI, e alguns problemas causados pela presença de bactérias e fungos nas edificações de arquivo. Em uma segunda seção discutiremos a necessidade de se diagnosticar a presença destes microrganismos nos ambientes de arquivo e de como a escasez de estudos específicos nesta área, onde todos os estudos se relacionam apenas com a saúde e preservação dos suprtes documentais, deixa o profissional arquivista em um segundo plano, diante da importância dos acervos sob sua resposabilidade.

De fato a disciplina que estuda a qualidade do ar de interiores, a chamada “Indoor Air Quality”, é nova, com cerca de 25 anos no mundo e com apenas 5 anos no Brasil. Esta nova área de estudo que reune profissionais de diferentes disciplinas, principalmente químicos, microbiologistas, engenheiros, arquitetos e toxicologistas, porém poucos profissionais da Ciência da Informação se aventuram pelos caminhos da biologia.

Apesar do fato de que estes profissionais estarem em contato quase que permanente com agentes biológicos, agentes esses que interferem de forma direta nos procedimentos de preservação a serem adotados no tratamento do acervo, o treinamento para elaboração e execução destes procedimentos é abordado nas disciplinas de conservação e preservação de acervos, sejam eles tanto na graduação quando em cursos expecíficos, geralmente de pós-graduação e especialização em preservação e restauração de acervos.

Na literatura específica relacionada às ciências documentais ou ciências da informação, raramente temos contato com o tema relacionado a saúde nos ambientes de arquivo, biblioteca ou no ambiente museológico, estudos se tornam mais raros ainda no que tange o efeito destes ambientes, sobre a saúde do profissional da informação, se estes ambientes não estão salutares. Passando mais uma vez este profissional ao campo do subentendido quando o assundo Biossegurança passa a ter que fazer parte do dia-a-dia do profissional arquivista.

E este profissional tem de alguma forma defender a importância da escolha de edificações saudavéis para abrigar os acervos sob sua guarda, assim como quando deve escolher técnicas para o combate dos inimigos invisíveis, ou quase, ou mesmo ao tentar defender seus direitos se acomentidos por doenças referentes de sua ocupação.

De certo o desenvolvimento de técnicas de preservação e de combate de infecções em documentos também fica prejudicado se o “inimigo” não é estudado e faltam informações para formular estratégias para o combate de fungos e bactérias que costumam afetar acervos documentais em países com o clima tropical, como o nosso.

O clima tropical com seus níveis de umidade e as suas altas temperaturas, fazem com que este trabalho seja direcionado a instituições e acervos preferencialmente localizados em países com clima quente e umido, devido aos desafios que os profissionais destes locais encontram na busca de controle dos riscos biológicos que tendem a se desenvolver com maior facilidade nestes locais2.

Nas últimas décadas, houve um grande aumento de queixas relacionadas à qualidade de ar em locais fechados nos países desenvolvidos, principalmente em edifícios de microclima artificial. Na busca de entender o origem destas queixas, a qualidade do ar de interiores (QAI) tornou-se um tema de pesquisa importante na área de saúde pública nos últimos 15 anos.

Esse interesse ocorreu após estudos conduzidos em vários países e em períodos diferentes que levaram a descoberta de que a baixa taxa de troca de ar em ambientes fechados ocasionam um aumento considerável na concentração de poluentes químicos e biológicos no ar , indicando que o ar dentro de locais fechados pode estar mais poluído do que o ar externo nas grandes cidades industrializadas3.

Segundo Brickus e Aquino Neto4 paralelamente as preocupações arquitetônicas relativas a econômia de energia nas edificações modernas, houve um grande aumento na diversidade de produtos para forração, acabamento e mobiliário, que contém substâncias químicas passíveis de serem dispersas no ar de interiores, disponível no mercado consumidor. Esses materiais, na maioria dos casos, foram desenvolvidos sem uma preocupação com suas emissões. Atualmente, sabe-se que uma das causas da deterioração da qualidade do ar de interiores é devida a essa emissão de substâncias químicas, principalmente compostos orgânicos voláteis (COVs), presentes na composição de materiais de construção, limpeza e mobiliário.

A combinação desses dois fatores pode ocasionar a existência de “prédios doentes”, via de regra, a baixa qualidade do ar de interiores coincide com as mudanças no meio ambiente interno, que ocorrem não apenas devido à introdução de novos produtos de materiais de construção, consumo e mobiliário, como também às trocas arquitetônicas no ambiente interno, com o intuito de economizar energia, ocasionando o que conhecemos como microclima5.

Quando se trata das condições de edificações que abrigam Arquivos e seus acervos as responsabilidades das condições ambientais recai sobre o arquivista ou deveriam, porém as análises para diagnásticar as condições internas são feitas através do uso de QAI, e como o profissional arquivísta geralmente não tem conhecimento desta área de conhecimento e o diagnóstico relativo a infecção por fungos fica restrito ao contato visual, ou seja, se o papel ou outro suporte apresenta indicações de infecção como manchas e mal cheiro.

Desta forma é mais do que pertinente afirmar que como a reprodução de fungos geralmente se dá por meio de exporos que ficam em suspensão e viajam no ar a QAI é amplamente usada para diagnósticar infeções e a baixa qualidade do ar.

Também é imperativo informar que este trabalho tem o seu foco nas instituições informacionais brasileiras, ressaltando que no Brasil, diferenças relacionadas a fatores climáticos, sócio-econômicos, geográficos e habitacionais são bastante evidentes. Por exemplo, os países desenvolvidos, situados no hemisfério norte, apresentam um clima temperado, ao passo que o Brasil possui um clima predominantemente tropical e subtropical. Somente esta diferença climática acarretará uma variação considerável na dinâmica dos poluentes atmosféricos na qualidade sistêmica do ar, principalmente pela proliferação de microorganismos, dos fungos e das bactérias.

Atualmente, no Brasil, o monitoramento microbiológico de ambientes climatizados vem se tornando uma prática, em particular, quando há relação com processos relacionados a deterioração de materiais específicos6. Sabe-se que microorganismos dos mais diversos gêneros encontram-se presentes nos ambientes, muitas vezes associados a partículas em suspensão, decorrentes da inadequada manutenção preventiva de aparelhos de circulação de ar ou de controladores de umidade do ar que operam em condições precárias. Há um movimento em busca da conscientização sobre a importância da qualidade do ar de interiores em locais não industriais, tais como escolas, residências, edifícios públicos e comerciais, porém, poucos são os estudos específicos sobre os ambientes de arquivo, bibliotecas e museus.

O Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) ressalta que sistemas mal projetados podem acarretar fluxos inadequados do ar, ocasionando o desenvolvimento de microorganismos e outros problemas. Já a não instalação de equipamentos climatizadores pode ser extremamente danosa, sobretudo em edifícios projetados para serem climatizados artificialmente e que não oferecem possibilidades de controle ambiental quando o sistema está fora de funcionamento.

De qualquer forma o rigoroso controle de umidade e temperatua são essenciais para a QAI - Qualidade do Ar de Interiores em ambientes de arquivo, bibliotecas e museus. O CONARQ aponta que construção subterrânea não é recomendada, em princípio, pelas condições de umidade que geralmente apresentam nossos solos. Ela gera inúmeros riscos relacionados a infiltrações e infestações de térmitas. Além disso, a manutenção e os custos de condicionamento de ar são muito elevados quando há excessiva umidade.

Porém as recomendações para construção de arquivos levam em conta condições ideais de construção destes ambientes, tais condições, em via de regra estão distantes da realidade brasileira, principalmente no que tange as instituições que possuem pequenos orçamentos, que destina as instituições de informação edificações antigas ou simplesmente adaptadas de forma a improvisar a guarda dos acervos, negligenciando sua relevância, e principalmente a literatura ressalta a importância da preservação do acervo e não da saúde do profissional diretamente ligado ao tratamento dos seus acervos.

A literatura reporta várias metodologias para o monitoramento de ambientes climatizados, no que diz respeito à quantificação de microorganismos. Estas metodologias são adaptadas ou direcionadas para as características ambientais da área monitorada, e da provável ocorrência de gêneros microbianos em particular.

Pasanen estudou o crescimento e a manutenção da viabilidade fúngica7 em materiais de construção sob condições controladas de umidade. Os materiais em questão foram submetidos a várias condições ambientais com absorção variável de água e umidade relativa do ar, e, após os tratamentos adequados, procedeu-se ao cultivo de fungos e actinomicetos8, após duas semanas de incubação.

Em estudo preliminar, foi constatado que existem várias gêneros de fungos e bactérias que vivem dentro dos ambientes ricos em celulose como um arquivo. Nos estudos sobre as colônias de fungos e de bacterias promovidos por Hyvarinena9 ficou comprovado que os materiais de natureza ligno-celulósica e à base de papel, são os mais suscetível de todos a ação destes agentes.

Neste estudo, ficou comprovado que os gêneros fúngicos que mais atacam o papel são o Cladosporium10 e Stachybotrys11 e o que infestam com maior incidência as colas e tintas são dos gêneros Acremonium12 e a espécie Aspergillus versicolor13. Todos estes fungos liberam as chamadas micotòxinas14, substâncias extremamente tóxicas e prejudiciais a saúde humana. Assim, como o próprio contato com as colônias fungicas podem causar doenças ao ser humano.

Destes, os mais comuns são os fungos dos gêneros Alternaria15, Cladosporium16, Epicoccum17, Fusarium18, Mucor19, Penicillium20, Pestalotiopsis21 e Trichoderma22, estão relacionadas com a alta incidência de Alveolite Alérgica23 e outros problemas de saúde.

 

Figura - Esquema ilustrativo de mostrando sistema respiratório e seus alvéolos acometidos por processo inflamatório

 

Nesta pesquisa também foi detectada a presença de Actinomicetos24, bactérias Gram-positivas predominantemente filamentosas ou difteróides Gram – positivos, sendo microorganismos procariotas, e anaeróbios facultativos. Todos requerem meios ricos, preferencialmente os que contêm soro ou sangue para sobreviverem. São um gênero de bactéria que se dividem em vários grupos, estes organismos também são encontrados em ambientes de arquivo e sua presença é utilizada como um indicador de que existem fungos no ambiente. Este gênero de bactérias se desenvolve, principalmente, em ambientes com altas taxas de umidade.

Esse microorganismo é considerado um oportunista, pois ele se encontra em equilíbrio na natureza, ou em seus hospedeiros, mas caso ocorra um desequilíbrio entre a bactéria e o seu hospedeiro, a bactéria se torna patogênica, e quando isso ocorre esses agentes produzem quase sempre lesões gram-ulomatosas devido ao fato de sobreviverem no interior das células inflamatórias(TORTO, FUNKE, CASE, 2005).

Estes ambientes húmidos e quentes costumam formar microclimas e as faltas da troca de ar os tornam mais propícios à proliferação de diversos de microorganismos, incluindo fungos e bacterias. O gênero Actinomyces sp. possui diversos constituintes em sua estrutura celular. As fímbrias de superfície em A. viscosus, estão presentes e servem para aderir nas células dos hospedeiros ou para outras bactérias (HERSH, ZEE, 2003). Cada espécie de Actinomyces sp. Possue grupos antigênicos e inúmeros subtipos sorológicos (HERSH, ZEE, 2003).

Existem vários gêneros patogênicos importantes, que são encontrados entre os actinomicetos, como a Actinimyces bovis causa a actinomicose25, Nocárdia26 que causa a nocardiose27, podendo manifestar um quadro de mastite ou problemas pulmonar que pode ser confundido com a tuberculose, e por fim a Dermatofilose28 que causa dermatite exsudativa (TORTO, FUNKE, CASE, 2005). Os Actinomyces sp são encontrados na mucosa oral em superfícies dentárias e secundário do trato gastrointestinal (HERSH, ZEE, 2003). A Nocárdia sp 29 é um agente oportunista, representante dos actinomicetos aeróbios e saprofíticos, presentes na maioria dos ambiente ( TORTO, FUNKE, CASE, 2005).

Através do que expomos até aqui fica evidenciado que a exposição a alguns gêneros de fungos podem ser extremamente perigosas aos seres humanos, alguns gêneros fungícos se destacam não só pela forma de infecção causada aos seres humanos ou a outros mamíferos, mas seu maior poder de toxidade está no perigo de contaminação por micotoxínas.

Há maioria dos trabalhos analisados apontam o risco de contaminação por micotoxínas via a contaminação oral, através da ingestão de alimentos contaminados, mas segundo Lourenço30 uma outra maneira de sofrer um processo de intoxicação passou a ter relevância a partir de 1994, quando um relatório do Center For Disease Control - CDC31 divulgou um surto de pneumonia hemorrágica idiopática (conhecido como hemosiderose pulmonar) em oito crianças da cidade de Cleveland, EUA. O estudo investigativo desses surtos revelou que os esporos de um fungo, o Stachybotrys chartarum32 (atualmente S. atra) estariam por trás desses quadros descritos. Isso representou uma novidade e tanto, já que, até recentemente, a estaquibotriose humana era considerada uma rara doença ocupacional, afetando apenas agricultores que manipulavam feno mofado, os quais apresentavam sangramentos nasais e traqueais.

Nestas circunstâncias, ao invés de serem ingeridas, as micotoxinas entrariam em contato com o hospedeiro via aparelho respiratório. Isso é possível uma vez que esporos desse fungo são suficientemente pequenos para não serem filtrados e por poderem carrear toxinas até os alvéolos.

Já especulada para Aspergillus flavus e a aflatoxina33 (e constatada para a ocratoxina), a veiculação aérea de micotoxinas ganhou relevância e consistência para o S. atra. É um fungo produtor de micotoxinas da classe dos tricotecenos macrocíclicos34.

Relatórios posteriores contestaram a conclusividade desses primeiros relatórios. Também produzidos pelos gêneros Myrothecium e Trichothecium. Potentes inibidores de síntese proteica em células eucariontes. Como exemplos desses tricotecenos, podemos citar a satratoxina F, G e H, os tricoverróis A e B, as trocoverrinas, as verrucarinas B e J, a roridina E, as atranonas, a estaquilisina (uma hemolisina) e muitos outros. Há relatos de que essas toxinas podem provocar dores de cabeça, irritação nos olhos e na garganta, náuseas, vertigens e sangramentos nasais.

A seqüência de fatos que resulta em uma intoxicação por eles é simples: esse fungo consegue crescer em determinados substratos a base de celulose, à medida que cresce, produz tricotecenos que tanto são excretados quanto passam a fazer parte do micélio do fungo, tanto o vegetativo quanto o reprodutivo. Neste último, os esporos liberados entram em suspensão (dispersão aérea), o que os leva a serem inalados por serem humanos que habitem o mesmo ambiente. Se essa exposição for prolongada o suficiente em hospedeiros suscetíveis, como recém-nascidos, há grandes chances dessas toxinas chegarem aos pulmões e lá serem absorvidas facilmente, já que os conídeos do Stachybotrys spp têm um diâmetro médio de 5 mícrons. O que nos leva crer que profissionais que ficam expostos cerca de 40 horas semanais a ambientes contaminados podem desenvolver intoxicação por micotoxinas.

Mas não são apenas os conídeos que entram em suspensão. Trabalhos recentes indicam que grande parte do material fúngico capaz de veicular essas micotoxinas é na verdade, composto de debris celulares, ou seja, fragmentos de hifas (micélio vegetativo).

Trabalhos apontam que esse gênero parece ter grande relevância na síndrome dos edifícios doentes (SBS – “sick building syndrome”), um campo relativamente novo da microbiologia. O estudo de populações microbianas em ambientes internos (“indoor air quality” – IAQ), ultrapassando as fronteiras do tradicional campo da alergia, tem produzido novas e instigantes indagações. Nesse sentido, o estudo sistemático desses fungos em interiores de residências e edifícios se faz necessário para compreendermos melhor a magnitude desse O Stachybotrys atra é um fungo saprófita celulolítico. Cresce excepcionalmente bem em materiais ricos em celulose que tenham água disponível, como tetos de gesso úmidos, forros de azulejos, madeira e até dutos de ar condicionado.

No Brasil não existem estudos específicos que demonstrem quantos profissionais da Ciência da Informação são acometidos anualmente por doenças causadas por fungos e bactérias. Desta forma não é possível precisar através de números estes casos, até pela dificuldade de comprovação da relação entre a doença e a fonte de contaminação, geralmente trata-se o sintoma e não se investiga as fontes da causa das infecções.

Desta forma o monitoramento da qualidade do ar QAI é uma ferramenta importante para a proteção dos profissionais e usuários de acervos das unidades de informação. Onde a identificação do grau de contaminação e de especificação de qual agente patológico está presente no acervo torna-se preponderante para a adoção de uma política de biossegurança em instituições de informação segundo Beltran Motta35, o Equipamento de Proteção Individual usado em arquivos são:

(...) luvas cirúrgicas e máscaras de pano, que servem como filtro para poeira. Dependendo do grau de contaminação por fungos, mofo e outros agentes biológicos, recomenda-se adicionar o uso de óculos, touca, guarda-pó (ou jaleco) e até mesmo botas ou outro calçado fechado. (...)

O Ministério da Saúde Brasileiro, através da Secretaria de Atenção à Saúde desenvolveu uma série de publicações para orientar os médicos e enfermeiros no diagnóstico de riscos ocupacionais que os profissionais ocasionalmente podem estar expostos. Neste documento fica claro a importância da notificação e investigação de agentes causadores de patologias que podem acometer profissionais de diversas áreas, em nenhum momento foi citado o profissional da informação. Mas o que se torna mais relevante é a necessidade de pesquisas e a adoção de níveis de segurança para qualquer profissional que identifique riscos a sua saúde.

E assim evite adotar uma visão reducionista tanto dos riscos a que está exposto quando desenvolve suas atividades laborais em um ambiente contaminado, quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual inadequado ao nível de segurança a ser adotado.

No Brasil temos quatro níveis de segurança que devem ser respeitados para manipulação dos microrganismos e para cada uma das quatro classes de risco devem ser atendidos alguns requisitos de segurança, conforme o nível de contenção necessário proteção de pessoal, meio ambiente e à comunidade. Estes níveis de contenção são denominados de níveis de Biossegurança.

Estes níveis se aplicam a laboratórios, mas defendemos que dependendo dos níveis de periculosidade das infecções em acervos a base de celulose, alguns desses procedimentos deveriam ser adotados para manejo e desinfecção do acervo36.

Por fim a desinfecção dos acervos não deve ser vista apenas do ponto de vista da preservação do patrimônio documental. Devendo fazer parte de políticas públicas já que a saúde, como direito universal é dever do Estado, e uma conquista do cidadão brasileiro, expressa na Constituição Federal e regulamentada pela Lei Orgânica da Saúde. No âmbito deste direito encontra-se a saúde do trabalhador37.

E como uma política pública o profissional da Ciência da Informação deve estar atendo buscando continuamente conhecer os riscos a sua saúde e promover diagnósticos frequentes tanto no acervo quanto no monitoramento da qualidade do ar, principalmente nas áreas de depósito e nas áreas de tratamento quando separadas do restante da edificação.

Outra questão importante a ser destacada com relação ao profissional da informação é que este profissional deve ter em mente é que a automedicação ou o fato de não procurar ajuda dos profissionais de saúde ao apresentar algum sintoma possivelmente ligado à contaminação fúngica pode acarretar em longo prazo, graves riscos a sua saúde e de sua equipe como um todo. O diagnóstico médico pode facilitar tanto em um melhor conhecimento das patologias desenvolvidas por este grupo de profissionais, assim como no futuro auxiliar na preservação de direitos trabalhistas e na obtenção de benefícios e indenizações devido a danos permanentes sofridos por alguns profissionais.

Bibliográfias

atlasmicologia.blogspot.com.br/2011/07/aspergillus-versicolor.html. Site do Grupo de Estudo de Micologia Médica da Universidade de Coimbra, sob a direção dos Professores Doutores Rui Tomé e Gilberto Marques. Acessado no dia 07/07/2013, às 18: 31.

 

BRICKUS, Leila R. S.; NETO, Francisco R. de Aquino. A Qualidade do Ar de Interiores e a Química. Química Nova, 22(1); 1999. Páginas 65-74.

 

DELMAS, Bruno. Arquivos Para quê?: Textos escolhidos. Institudo Fernando Henrique Cardoso. São Paulo. 2010

D´Almeida, Maria Luiza Otero; Monteiro, Maria Beatriz Bacellar; Barbosa,Patrícia de Souza Medeiros. FUNGO EM PAPÉIS PARA IMPRIMIR E ESCREVER. Disponível em: www.riadicyp.org.ar/index.phpi. Acessado no dia 16/09/2013.

Haines & kohler. An Evaluation Of Ortho-Phenyl Penol As A Fungical Fumigant For Archives And Libraris. Disponínel em: www.jstor.org/discover. Acessado no 16/08/2013.

HYVARINENA, A., MEKLINA, T., VEPSALAINENA, A. et al. “Fungi and actinobacteria in moisture-damaged building materials—concentrations and diversity”, International Biodeterioration & Biodegradation v. 49, pp. 27-37, 2002.

 

infectopedia.com/fungos/fusarium In: No portal de informações médicas com ênfase em doenças infecciosas INFECTOPEDIA. Acessado no dia 07/07/2013, às 21:30.

 

LISBOA, Henrique de Melo. Controle da Poluição Atmosférica. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2010.

 

MADIGAN, MARTINKO e PARKER. Disponível em: cwx.prenhall.com/bookbind/pubbooks/brock/. Acessado no dia 16/08/2013.

 

MOTTA, Daniel Beltran. Cuidados Inerentes a Ambiência Arquivística e Segurança vinculada às atividades desenvolvidas pelo Arquivista e seus auxiliares. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2010.

 

portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/06_0553_M.pdf. Acessado no dia 16/07/2013.

 

REPONEN, TA; GAZENKO, SV, GRINSHPUN, SA, WILLEKE, K., e COLE, EC . Características de esporos de actinomicetos no arAppl, Environ. Microbiol., 64:3807-3812 (1998).

TREMOLIERES. François. Disponível em: www.orpha.net/consor/cgi-bin/OC_Exp.php?lng=PT&Expert=31204. Acessado no dia 16/09/2013.

 

TORTORA, FUNKE e CASE. Disponível em: www.pearsonhighered.com/tortora10einfo/. Acessado no dia 16/08/2013.

 

urbanext.illinois.edu/focus/pestaloblight.cfm In: University of Illinois Extension. Acessado no dia 07/07/2013, às 22:40.

 

www.apsnet.org/publications/apsnetfeatures/Pages/Stachybotrys.aspx. Site da Sociedade Americana de Fitopatologia. Acessado no dia 07/07/2013.

 

www.cenargen.embrapa.br/publica/trabalhos/doc241.pdf Acessado no dia 07/07/2013, às 22:48.

 

www.dehs.umn.edu/iaq_fib_fg_gloss_alternariasp.htm. In: Department of Environmental Health & Safty of University of Minnesota Acessado no dia 07/07/2013, às 19:00.

 

www.environix.com/mold-iaq-library/mold/epicoccum/ In: Mold and Indoor Air Quality Library : Mold and Indoor Air Quality Information : Epicoccum Mold. Acessado no dia 07/07/2013, às 19:30.

 

www.lamic.ufsm.br/papers/142z.pdf. Laboratório de Análises Micotoxicológicas da Universidade Federal de Santa Maria. Acessado no dia 07/07/2013, às 18:42.

 

www.insht.es/InshtWeb/Contenidos/Documentacion/FichasTecnicas/NTP/Ficheros/301a400/ntp_351.pdf. Acessado no dia 16/08/2013.

 

www.micotoxinas.com.br. Acessado no dia 16/07/2013.

 

www.mycology.adelaide.edu.au/Fungal_Descriptions/Hyphomycetes_(hyaline)/Penicillium/ In: Mycology Online The University of Adelaide Acessado no dia 07/07/2013, às 22:00.

 

www.mycology.adelaide.edu.au/Fungal_Descriptions/Zygomycetes/Mucor/ In:

Mycology Online The University of Adelaide. Acessado no dia 07/07/2013, às 21:54.

 

www.romerlabs.com/en/knowledge/mycotoxins/. Acessado no dia 16/08/2013, às 22:00.

 

www.uco.es/aerobiologia/hongos/cladospo.htm. Acessado no 07/07/2013, às 17:36.

 

 

1 Foi chefe da Seção Histórica do Arquivo Nacional de França de 1831 a 1852, publicou os seis primeiros volumes de sua famosa História da França, lecionando também na École Normale e no College de France. Ver: DELMAS, Bruno. Arquivos Para quê?: Textos escolhidos. Institudo Fernando Henrique Cardoso. São Paulo. 2010



 

2 Países tropicais, como o Brasil, apresentam condições de temperatura e umidade favoráveis ao desenvolvimento de fungos, sendo o papel um de seus substratos preferenciais. Os fungos podem causar manchas e degradar as fibras celulósicas do papel, vindo a comprometer a permanência de documentos ao longo do tempo. Tanto os papéis ácidos como os alcalinos são passíveis de ataque por fungos. Para saber mais ver: D´Almeida, Maria Luiza Otero; Monteiro, Maria Beatriz Bacellar; Barbosa,Patrícia de Souza Medeiros. FUNGO EM PAPÉIS PARA IMPRIMIR E ESCREVER. Disponível em: www.riadicyp.org.ar/index.phpi. Acessado no dia 16/08/2013



 

3 Estas preocupações surgiram na decáda de 70, com o movimento mundial em busca da conservação de energia, movimento este que teve o intuito de obter uma melhor eficiência nos aparelhos de refrigeração e aquecimento e, com isso, minimizar o consumo de energia, nos prédios de escritórios e residenciais deram origem, a partir daquela década, aos chamados prédios selados contribuiram para as preocupações atuais referentes à qualidade do ar de interiores. Para saber mais: LISBOA, Henrique de Melo. Controle da Poluição Atmosférica. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2010.



 

4 BRICKUS, Leila R. S.; NETO, Francisco R. de Aquino. A Qualidade do Ar de Interiores e a Química. Química Nova, 22(1); 1999. Páginas 65-74.



 

5 Denominação dada aos parâmetros ambientais que influenciam as trocas térmicas entre os indivíduos e ambientes fechados



 

6 Em nossa pesquisa serão abordados apenas estudo ou situações referentes a materiais a base de celulose.



 

7 Processo de investigação que visa observar as fazes de vida e reprodução das colonias de fungos em condições controlados e verificar se estas fases se dão de maneira semelhante em ambiente natural. Para mais informações ver: Haines & kohler. An Evaluation Of Ortho-Phenyl Penol As A Fungical Fumigant For Archives And Libraris. Disponínel em: www.jstor.org/discover. Acessado no 16/08/2013.



 

8 Micro-organismos comumente confundidos com fungos por suas caracteristicas biologias, falaremos mais aprofundamente sobre eles no decorrer do texto.



 

9 HYVARINENA, A., MEKLINA, T., VEPSALAINENA, A. et al. “Fungi and actinobacteria in moisture-damaged building materials—concentrations and diversity”, International Biodeterioration & Biodegradation v. 49, pp. 27-37, 2002.



 

10 Gênero da família das Demaciáceas (Ordem Moniliales, Ramo Deuteromicotinas), que inclui cerca de 40 espécies, algumas das quais fitopatogênicas e em sua maioria são saprófitas vivem comumente em vegetais ou no chão, algumas espécies são capazes de atacar a celulose, a pectina e lignina. Este gênero é uma distribuição cosmopolita, sendo um dos táxons mais isolado e abundante em aerobiológicos conta em todo o mundo. Ele é amplamente citado como causador de asma e de esporosis, algumas espécies são oportunistas e são capazes de intervir em determinados processos micóticos pulmonares, atacam a pele, produzindo lesões de cromoblastomicose e neurotrópicos. Apesar do maior interesse nestes fungos, a partir do ponto de vista da saúde, é dada pela sua capacidade de alergénicos de conídios, que pode atingir na atmosfera, tanto no interior como no exterior dos edifícios, a concentrações muito elevadas. De acordo com dados fornecidos pela Unidade de Alergia do Hospital Reina Sofia, Cordoba, o Cladosporium é o terceiro Alergeno fungico em pacientes sensíveis a fungos, e 22% dos casos de alergia são causados por este gênero. Cladosporium (teleomorfo: Mycosphaerella) formam colônias na cultura e na cor verde-oliva, às vezes cinza ou marrom, aveludado, flocosas ou peludo, às vezes apresenta estroma. Seus conidióforos são macronematosos simples ou semimacronematosos ou pouco ramificada, com um marrom ou verde e lisa ou ligeiramente granulada em algumas espécies. Muitas das espécies tem ramoconidios com ou sem septos. A célula poliblástica conidiógena é geralmente integrado, sympodial, os resultados são geralmente conídios em cadeias acrópetas, ou, por vezes, são solitárias. Eles podem ser de forma variada (elipsoidal limoniform, oblongo, esférico, subesférica, eixo), com uma cicatriz na base e pode ser unicelular ou possuir 1-3 septos transversais; possuem parede lisa ou rugosa Echinate, hialina a pigmentada, de cor verde-oliva ao marrom escuro. Para saber mais sobre este gênero de fungo ver: www.uco.es/aerobiologia/hongos/cladospo.htm. Acessado no 07/07/2013, às 17:36.



 

11 Stachybotrys chartarum, conhecido comumente como Bolor negro tóxico ou bolor negro. É um dos fungos tóxicos mais famosos porque pode crescer em ambientes domésticos e é extremamente perigoso para os seres humanos por causa da sua produção de micotoxinas.

 

Stachybotrys chartarum (Ehrenb. ex Link) Hughes (sinônimos = S. atra , S. alternans ) foi descrita pela primeira vez como S.atra por Corda em 1837 do papel de parede recolhido em uma casa em Praga. É um membro das Deuteromycetes, Moniliales ordem, Dematiaceae família, e é comum em restos de plantas e no solo. Para mais informações sobre o assunto ver: www.apsnet.org/publications/apsnetfeatures/Pages/Stachybotrys.aspx. Site da Sociedade Americana de Fitopatologia. Acessado no dia 07/07/2013.



 

12 Acremonium é um gênero de fungo conhecido anteriormente como Cephalosporium, acredita-se conter cerca de 100 espécies. A maioria das espécies deste grupo são saprófitas, sendo isolado a partir de material vegetal morto e do solo. Algumas espécies são parasitas de plantas e animais capazes de causar infecções graves e outras espécies são amplamente utilizados para a produção de produtos farmacêuticos. Acremonium raramente causam doença em seres humanos. No entanto, a infecção com Acremonium  pode causar fungos sinusite maxilar. Na literatura médica, tem sido relatado como sendo a causa de infecções pulmonares, infecções da córnea e das unhas em pessoas com sistemas imunitários fracos. Existem três principais espécies de Acremonium associados com infecções humanas: Acremonium falciforme , A. kiliense , e A. recifei . As três espécies são Nível de Biossegurança 2 fungos. Algumas espécies têm sido relatados para ser alergénico, enquanto alguns são conhecidos por produzir micotoxinas.



 

13O gênero Aspergillus foi primeiramente descrita por PA Micheli (1729), O Aspergillus versicolor está referenciado com agente causador de doença cutânea, onimicose, otomicose, osteomielite e doença pulmonar. O conidioforo, hialino, apresenta uma cabeça bi-seriada, radiada e uma haste de paredes lisas e frágeis (muitas vezes quebradas). As vesículas são pequenas e de forma variada, sendo quase totalmente cobertas pelas métulas e fiálides. Aspergilllus spp são fungos filamentosos hialinos, suas colônias têm crescimento rápido e textura variável (aveludado, granular, felpudo) e cores variadas: branco ou verde-azul ( A. fumigatus ), verde-amarelo ( A. flavus ), preto (A. niger ), marrom ( A. terreus ). Esta coloração é quase sempre em todas as estruturas aéreas, tanto no micélio e conídios cabeças. A partir do que sabemos estão divididos em 900 espécies e classificam-se em 18 grupos de acordo com as seguintes características morfológicas: o tamanho e forma das cabeças conidiais, morfologia de conidióforos, fiálides e métulas, e na presença de células e cleistothecia Hülle. Eles são muito contaminantes ambientais comuns, embora algumas espécies ( A. fumigatus -85% -, A. flavus, -7% -, A. niger - 3% -, A. terreus -3% -, etc) pode causar várias doenças (aspergilose). Para saber mais sobre o assunto ver: atlasmicologia.blogspot.com.br/2011/07/aspergillus-versicolor.html. Site do Grupo de Estudo de Micologia Médica da Universidade de Coimbra, sob a direção dos Professores Doutores Rui Tomé e Gilberto Marques. Acessado no dia 07/07/2013, às 18: 31.



 

14 Micotoxinas são substâncias tóxicas resultantes do metabolismo secundário de diversas cepas de fungos filamentosos. Estes se desenvolvem naturalmente em frutas, sementes, cereais e subprodutos que são muito utilizados na alimentação humana e animal. Assim, mais que quatrocentas toxinas são conhecidas. Uma vez ingeridas, causa diversos efeitos deletérios a saúde, induzindo diferentes sinais clínicos e lesões. Os tipos de sinais clínicos e lesões são intimamente relacionados a cada micotoxina, dose ingerida, período de intoxicação e espécie animal envolvida. Sobre isso ver: www.lamic.ufsm.br/papers/142z.pdf. Laboratório de Análises Micotoxicológicas da Universidade Federal de Santa Maria. Acessado no dia 07/07/2013, às 18:42.



 

15 O Gênero Alternaria é composto por cerca 299 espécies de fungos, frequentemente encontrado em tapetes, têxteis, e em superfícies horizontais, frequentemente em caixilhos de janelas e podem estar associados os seguintes efeitos a saúde, pneumonite por hipersensibilidade, asma extrínseca (hipersensibilidade do tipo imediato: tipo I),  sintomas agudos incluem edema e espasmos brônquios e em pessoas com doenças respiratórias crônicas podem até chegar a desenvolver enfisema pulmonar, também  alérgeno comum, possui potencialidade tóxica, ou seja produz micotoxinas sendo capaz de produzir ácido tenuazônico e outros metabólitos tóxicos que podem ser associados com a doença em seres humanos ou animais. Para saber mais sobre o assunto ver: www.dehs.umn.edu/iaq_fib_fg_gloss_alternariasp.htm. In: Department of Environmental Health & Safty of University of Minnesota Acessado no dia 07/07/2013, às 19:00.



 

16 Para saber mais sobre isso ver a nota de rodapé número 4.



 

17 Este Gênero cresce bem sobre as superfícies de celulose, porém muitas vezes pode ser encontrado crescendo em uma variedade de materiais, incluindo a construção, mas não se limitando a papel, têxteis e insetos, podendo ser erroneamente identificado como Ulocladium, Stemphylium ou Alternaria, nos seres humanos pode causar febre do feno e ou asma. Para saber mais: www.environix.com/mold-iaq-library/mold/epicoccum/ In: Mold and Indoor Air Quality Library : Mold and Indoor Air Quality Information : Epicoccum Mold. Acessado no dia 07/07/2013, às 19:30.



 

18 O Fusarium é fungo filamentoso com hifas hialinas septadas (hialohifomicose), que pode causar micetoma e em imunocompetentes pode ocorrer onicomicose, ceratite, infecções relacionadas a lentes de contato e infecção cutânea por inoculação, pode causar também lesões cutâneas, em imunodeprimidos pode se apresentar como lesões secundárias, os sintomas da doença se inicia como pápulas e evoluindo como ectima (lesões com centro necrótico e enduração elevada nas bordas). A forma pulmonar da infecção por Fusarium é semelhante a infecção por Aspergillus spp tanto na forma de bola fúngica como na broncopulmonar alérgica como na lesão associada a doença disseminada. A forma disseminada acomete imunodeprimidos com neoplasias hematológicas ou grandes queimados evoluindo para mortalidade na grande maioria dos casos. Na forma invasiva em imunodeprimimidos causam pneumonia e infecções ósseas e ao contrário das infecções por Aspergillus e Zigomycetos, fungemia pode ser detectada, devemos ressaltar que a disseminação da infecção e alta mortalidade estão relacionadas ao grau de imunossupressão do hospedeiro. Para saber mais: infectopedia.com/fungos/fusarium In: No portal de informações médicas com ênfase em doenças infecciosas INFECTOPEDIA. Acessado no dia 07/07/2013, às 21:30.



 

19 O gênero Mucor contém cerca de 50 classes reconhecids, muitos dos quais têm ocorrência generalizada e são de considerável importância econômica. No entanto, apenas algumas espécies termotolerantes são de importância médica e infecções humanas são raramente relatadas. A maioria das infecções relatadas lista M. circinelloides e espécies afins, tais como M. indicus (M. rouxii), M. ramosissimus e M. amphibiorum como os agentes causadores. No entanto, M. hiemalis e M. racemosus também foram relatados como agentes infecciosos, apesar de sua incapacidade de crescer em temperaturas acima de 32 °C,o que levanta dúvidas quanto à sua validade como patógenos humanos e seu papel patogênico pode ser limitado a infecções cutâneas. Para saber mais: www.mycology.adelaide.edu.au/Fungal_Descriptions/Zygomycetes/Mucor/ In:

Mycology Online The University of Adelaide. Acessado no dia 07/07/2013, às 21:54.



 

20 Muitas espécies de Penicillium são contaminantes comuns em vários substratos e são conhecidos como potenciais produtores de micotoxinas. A correta identificação é importante quando se estuda possível Penicillium contaminação dos alimentos. Espécies patogênicas humanas são infecções raras, porém oportunistas que levam à ceratite micótica, otomicoses e endocardite, muitas vezes, após inserção de prótese valvar foram relatados. Mais recentemente, infecções pulmonares e divulgados também relataram, especialmente por P. marneffei em pacientes com AIDS. Para saber mais: www.mycology.adelaide.edu.au/Fungal_Descriptions/Hyphomycetes_(hyaline)/Penicillium/ In: Mycology Online The University of Adelaide Acessado no dia 07/07/2013, às 22:00.



 

21 Este genero é conhecido por causar doenças secundárias em cultivos. Para saber mais: urbanext.illinois.edu/focus/pestaloblight.cfm In: University of Illinois Extension. Acessado no dia 07/07/2013, às 22:40.



 

22 Os fungos do gênero Trichoderma são filamentosos, presentes em todos os tipos de solo e diversos outros ambientes, são reconhecidos como agentes de biocontrole de patógenos de plantas atuando principalmente em raízes de muitas espécies. Alguns deles são economicamente importantes por causa da produção de enzimas industriais (celulases e hemicelulases) e antibiótico. Relatos de Trichoderma como patógeno oportunista de mamíferos imunocomprometidos, incluindo os humanos são raros e quase sempre envolvem pacientes com problemas renais e pulmonares crônicos, neutropenia e amiloidoses. Trichoderma é um fungo com alta capacidade de tolerar ampla faixa de temperatura. Para ver mais: www.cenargen.embrapa.br/publica/trabalhos/doc241.pdf Acessado no dia 07/07/2013, às 22:48.

 



 

23 A Alveolite Alérgica nome que se origina da união do nome alveolo com o sufixo ITE, sufixo que forma nomes técnicos usados na ciência para designar processos inflamátorios. A Alveolite Alérgica (AAE), também conhecida como Peneumonia de Hipersensibilidade (PH) faz parte de um grupo de doenças mediadas imunologicamnte. Doenças essas causadas pela exposição reptida do individuo hipersensível a susbstâncias orgânicas, desencadeando uma reação inflamatória localizada na parede dos alveólos, bronquios e interstícios pulmonares. A Alveolite Alérgica se caracteriza por um acentuado comprometimento monocitico- macrofágico ou seja o organismo hipersensibilizado se vale de células com propriedades peculiares capazes de fagociatar células do organismo e de outros corpos (inertes ou não, além de constantemente formarem granulomas. As particulas inaladas, que geralmente são de 1 a 5 mm de diâmetro, se depositam nos espços aéreos distais em indivíduos sensibilizados. Ramazzini descreveu em 1713, a primeira relação entre a inalação de pequenas partículas orgânicas e o surgimento de doenças repiratórias em tratadores de gado, em 1932 Campbell observou a relação entre o quadro clínico de febre, calafrios, tosse e dispinéia em trabalhadores de fazenda, o que ocorria após o contatos dos trabalhadores com o feno mofado. Tal quadro de saúde, de inicio foi creditado a infecções micóticas dos pulmões. Pepys enfatizou a natureza imune da doença, demonstrando em seus estudos a presença de anticorpos precipitantes para antígegenos extraídos do feno mofado no soro de paciêntes afetados por tal patologia, suas pesquisas apontavam que os antígenos resposáveis pelo quadro vinham especificamente de um grupo de bactérias relacionadas com a morfologia fungica, os Actinomecetos termófilicos. Dickie e Rankin descreveram a mesma síndrome em trabalhadores rurais de Wisconsin e relataram que a biópsia pulmonar dos paciêntes acometidos pela síndrome demonstrava a natureza linfóide e granulosa da resposta pattológica dos pulmões nestes paciêntes.



 

24 Para saber mais sobre isto ver: Reponen, TA, Gazenko, SV, Grinshpun, SA, Willeke, K., e Cole, EC "Características de esporos de actinomicetos no ar", Appl, Environ. Microbiol., 64:3807-3812 (1998).

 



 

25 Actinomicose é uma doença crônica supurativa doença granulomatosa e das áreas cervico-facial, torácica ou abdominal. No ser humano, a doença geralmete é causada pela Actinomyces israelii endógena. Freqüentemente, o paciente infectado apresenta abscessos este organismo endógeno se estabelece no tecido traumatizado e provoca uma infecção supurativa. Estes abscessos não estão confinados à maxila e podem também ser encontradas na área torácica e abdominal. O paciente geralmente apresenta-se com uma lesão de pus, o diagnosticoclinico se faz através de drenagem, de modo que o pus é enviado para o laboratório. Este organismo, que ocorre a nível mundial, pode ser visto histologicamente como "grânulos de enxofre" rodeados por células polimorfonucleares (PMN), que formam o tecido de reacção purulenta. O organismo é um bacilo gram positivo que frequentemente ramos. O laboratório deve ser especificamente instruído a cultura para este organismo anaeróbico. As lesões devem ser drenados cirurgicamente antes da terapia com antibióticos e a droga de escolha é a grandes doses de penicilina.



 

26 As espécies do gênero Nocardia assemelham-se às espécies do gênero Actinomyces, sendo, entretanto, aeróbios obrigatórios. Bactérias deste gênero possuem filamentos de elementos cocóides ou alongados, ocasionalmente produzindo esporos aéreos. Para saber mais ver: MADIGAN, MARTINKO e PARKER. Disponível em: cwx.prenhall.com/bookbind/pubbooks/brock/. Acessado no dia 16/08/2013. Algumas espécies, como a N. asteroides, eventualmente causam uma infecção pulmonar de difícil tratamento. Ver: TORTORA, FUNKE e CASE. Disponível em: www.pearsonhighered.com/tortora10einfo/. Acessado no dia 16/08/2013..



 

27 Segundo TREMOLIERES A nocardiose é uma infecção bacteriana local (pele, pulmão, cérebro) podendo se dar de forma sistemica (todo o corpo) aguda, subaguda ou crônica. A doença é causada por infecções pela Nocardia. A Nocardia é uma bactéria aeróbica, Gram-positiva ramificante e filamentosa que se encontra no solo, decompondo matéria vegetal, e em ambientes aquáticos. A infecção pode ocorrer por inalação ou inoculação directas. Estão descritas pelo menos 13 espécies de Nocardia que causam doença humana, sendo a maioria das causas identificadas o complexo N. asteroids e a N. brasiliensis. A nocardiose está frequentemente associada com antecedentes de traumatismo (feridas perfurantes ou arranhões de gatos), imunodeficiência, resistência a terapia prévia com antibióticos, ou febre. Estima-se que nos Estados Unidos sua ocorrencia seja de 1/250,000 habitantes, mas estes dados podem estar substimados. Na Europa a incidência exata é desconhecida. Os homens frequentemente são mais afectados que as mulheres em uma razão de sexos 3:1. A nocardiose pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em adultos de meia-idade.
As manifestações clínicas dependem do local de infecção. A maioria dos doentes apresenta-se com a forma pulmonar da doença. Os sintomaas frequentes são fadiga, febre, arrepios, tosse (semelhante à tosse na pneumonia ou tuberculose) dispneia, dor torácica pleural e perda de peso. A nocardiose cutânea primária pode apresentar-se como infecção cutânea, linfocutânea ou subcutânea. A infecção cutânea manifesta-se como celulite, pústulas, piodermia, paroníquia, ulceras ou abcessos localizados. Lesões semelhantes estão presentes na infecção linfocutânea mas estão associadas a linfadenopatia regional ascendente. As infecções subcutâneas manifestam-se com o aparecimento de micetoma afectando predominantemente as extremidades. A nocardiose disseminada afecta tipicamente hospedeiros imunocomprometidos. As lesões no cérebro ou nas meninges são frequentes. Para saber mais ver:
TREMOLIERES. François. Disponível em: www.orpha.net/consor/cgi-bin/OC_Exp.php?lng=PT&Expert=31204. Acessado no dia 16/09/2013.

 

 

28

 O Dermatophilus congolensis segundo Van Saceghan 1915 é uma bactéria actinomiceta Gram positiva

com um ciclo de vida multifásico e que produz filamentos ramificados. Sob determinadas condições, o

Dermatophilus congolensis pode provocar infecção cutânea num grande número de espécies animais,

incluindo bovinos, pequenos ruminantes, ruminantes selvagens, cavalos, e mais raramente no cão, gato,

porco e primatas humanos e não humanos. A infecção caracteriza-se por uma dermatite crostosa superficial e é conhecida pelo nome de dermatofilose ou estreptotricose (Jones et al., 1997).

A doença tem uma distribuição quase mundial e embora se possa tornar endémica em áreas tropicais

ou subtropicais com uma estação chuvosa prolongada, a sua ocorrência em climas secos é descrita como esporádica ou rara (Scott et al., 1995; Zaria, 1996; Jones et al., 1997).

As lesões tendem a desenvolver-se após o comprometimento da integridade da epiderme, causada por

traumatismo, maceração da pele ou pêlo, ectoparasitas, inflamação ou infecção, permitindo a penetração da mesma por zoosporos infectantes; deste modo, o org anismo é usualmente considerado um invasor secundário (Carlton & McGavin, 1995; Scott et al., 1995).

 

29

 A forma mais comum da doença em humanos é uma progressiva pneumonia , com sintomas comuns à Alveolite Alérgica: Tosse , dispnéia (falta de ar), e febre não sendo incomum que esta infecção se propage para a pleura ou a parede torácica. A Nocardia spp está profundamente envolvida no processo de endocardite como um dos seus principais efeitos patogénicos.

Em cerca de 25-33% das pessoas Nocardia infecção vai assumir a forma de encefalite e / ou abscesso cerebral formação. Nocardia também pode causar uma variedade de infecções cutâneas tais como actinomicetoma especialmente Nocardia brasiliensis.

 

 

30

 Ver: BOLETIM CIENTÍFICO No. 42 – www.micotoxinas.com.br

 

31

 O Center For Disease Control (CDC) é uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, sediada no Condado de DeKalb, Geórgia, Estados Unidos, adjacente ao campus da Emory University e à leste da cidade de Atlanta. Ver: www.cdc.gov

 

32

 Stachybotrys chartarum (Ehrenb. ex Link) Hughes (sinônimos = S. atra , S. alternans ) foi descrito pela primeira vez como S. atra por Corda em 1837 (5) do papel de parede recolhido em uma casa em Praga. É um membro das Deuteromycetes, da ordem dos Moniliales, e da familia Dematiaceae, sendo encontrado comumente em restos de plantas e no solo. O fungo cresce bem em meios micológicas comuns. O fungo é relativamente fácil de identificar devido aos fiálides únicas do género e morfologia das espécies de conídios. Conidióforos são determinados, macronematous, solitários ou em grupos, ereto irregularmente ramificado ou simples, septos, olivaceous, escuro e muitas vezes áspero murado na parte superior. As fiálides são grandes, 9-14 m de comprimento, em espirais, elípticas, olivaceous, e muitas vezes com collarettes conspícuos.Conídios são elipsoidais, unicelular, de 7 a 12 por 4 a 6 pm, de cor marrom escuro ao preto e muitas vezes mostra uma topografia ondulada, quando maduro.  Em menor poder os esporos aparecem verrucose. Devido as suas caracteristicas estes esporos não sãofacilmente disseminado no ar em relação a outros fungos, tais como Aspergillus. Para saber mais ver: www.apsnet.org/publications/apsnetfeatures/Pages/Stachybotrys.aspx. Acessado no dia 16/08/2013.

 

33

 As aflatoxinas são um grupo de micotoxinas produzidas por algumas espécies de Aspergillus como A. flavus e A. parasiticus. A aflatoxina B1, B2, G1 e G2 e M1 metabólito hidroxilado são de interesse primário, com aflatoxina B1 a mais frequente delas, A aflatoxina B1 é um dos mais potentes hepato-cancerígenos conhecidos e, portanto, os níveis de aflatoxinas na dieta são um fator importante para a saúde humana. Para saber mais ver: www.romerlabs.com/en/knowledge/mycotoxins/. Acessado no dia 16/08/2013.

 

34

 Mais de 40 micotoxinas são classificadas pelo nome tricotecenos estando envolvidos em doenças de humanos e de animais. Elas são produzidas, entre outros,pelos gêneros Fusarium, Cephalosporium, giberela, Myrothecium, Stachybotrys e Trichoderma Trichothecum. Das diferentes formas de micotoxinas,tricotecenos estão entre os mais bioquimicamente activo, são muito solúveis em água e pode estar sob a forma de aerossóis no meio ambiente, em solução diluída são estáveis ​​sob a acção da luz, ao contrário de aflatoxinas que degradam. Para saber mais: www.insht.es/InshtWeb/Contenidos/Documentacion/FichasTecnicas/NTP/Ficheros/301a400/ntp_351.pdf. Acessado no dia 16/08/2013.

 

35

 MOTTA, Daniel Beltran. Cuidados Inerentes a Ambiência Arquivística e Segurança vinculada às atividades desenvolvidas pelo Arquivista e seus auxiliares. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2010.

 

36

 Os níveis de Biossegurança são designados em ordem crescente, pelo grau de proteção proporcionado ao pessoal do laboratório, meio ambiente e à comunidade.

O nível de Biossegurança 1, é o nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de ensino básico, onde são manipulados os microrganismos pertencentes a classe de risco 1. Não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de boas práticas laboratoriais.

O nível de Biossegurança 2 diz respeito ao laboratório em contenção, onde são manipulados microrganismos da classe de risco 2. Se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório).

O nível de Biossegurança 3 é destinado ao trabalho com microrganismos da classe de risco 3 ou para manipulação de grandes volumes e altas concentrações de microrganismos da classe de risco 2. Para este nível de contenção são requeridos além dos itens referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais especiais. Deve ser mantido controle rígido quanto a operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber treinamento específico sobre procedimentos de segurança para a manipulação destes microrganismos.

O nível de Biossegurança 4, ou laboratório de contenção máxima, destina-se a manipulação de microrganismos da classe de risco 4, onde há o mais alto nível de contenção, além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas. Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança.

Para saber mais ver: ww.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/niveis_de_bioseguranca.html

 

37

 Ver : portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/06_0553_M.pdf. Acessado no dia 16/07/2013.

 

 

Publicado el: 13/10/2013 / Leido: 17351 veces / Comentarios: 0 / Archivos Adjuntos: 0

Compartir:
Dejar comentario

Comentarios